domingo, outubro 28, 2007

100 milhoes por uma cama


a semana passada estive mais uma vez em lisboa, novamente por causa das alterações climaticas. aproveitei para ir jantar uma mega-tosta açoreana ao peters, no parque das nações, acompanhada de um inevitavel gin tonico. algo que já fiz mais vezes... gosto de passear na antiga expo, pela imponencia dos edificios e da paisagem. e um factor decisivo: quase nao tem carros e tem excelente acesso de transportes publicos (tinha acabado de chegar de comboio do porto). no dia seguinte e depois de uma noite no bairro alto, aproveitei para me vestir de turista e ir tomar o pequeno-almoço à brasileira do chiado, outro local com boas recordações, terminando o dia no doclisboa com a estreia do primeiro filme da minha amiga margarida gil. ainda assim, ir a lisboa é sempre um sacrificio que o contacto com os amigos só consegue amenizar (provocação)...

para recuperar este fim-de-semana fui fazer de guia turistico pelo porto: no sabado começamos no mosteiro da serra do pilar e seguimos pelo tabuleiro superior da ponte d. luis, sé, igreja de santa clara, batalha, santa catarina, onde lanchamos no majestic (sim, de facto estes cafés históricos têm um charme especial, apesar de uma certa naftalina burguesa...) com direito a assistir ao carrilhão do palladium, bolhão, praça d. joao I com cruz do la feria, avenida dos aliados, livraria lello, clerigos, leoes, igrejas do carmo e das carmelitas, piolho, jardim da coroaria, passeio das virtudes, escadas da vitoria, mercado ferreira borges e palacio da bolsa, igreja s. francisco, rua da reboleira (a casa-torre do n.º 59 foi o que te entusiasmou mais, compreensivelmente, graças à sua ocupação actual), ribeira com jantar na adega do s. nicolau, escadas do barredo e das verdades até ao terreiro da sé, igreja dos grilos e regresso ao carro que esperava no jardim do morro. domingo foi dia de visita à casa da musica, teatro do campo alegre e planetario, passeio alegre... na foz saltamos (e que grande salto) da pasteleira para a pastelaria, neste caso a "ribeiro", procurada pelos "queques" e tartes de maracujá... e o resto fica para a próxima.

Que mais marcou este tripeiro, face aos passeios de outros tempos, na fase pré-porto 2001? locais livres de automoveis (quem se lembra do caos que era o tabuleiro da ponte d. luis, a ribeira, os leoes...) e os novos e velhos electricos (como nos guindais), menos "esconderijos" (nos aliados, na cordoaria, na rotunda da boavista...), "cara (mais) lavada" nas escadarias dos bairros do porto profundo (que continuam a ser, para mim, os locais com mais alma e encantos da cidade invicta) e 100 milhoes de euros da casa da musica que valeram a pena, apenas e somente pelas fantásticas camas de rede vermelhas que lá colocaram. se nao conhecem, valem mesmo a pena.

PS. serralves é o senhor que se segue

2 comentários:

Anónimo disse...

Ninguém diria que és tu :-) Como mudaste!!

Rita disse...

ir à brasileira, que pratica preços e serviços para turistas, quando se tem uma loja de comida biológica a 200 metros no bairro alto (para cima)ou um pastel de espinafres a 500 m no celeiro (para baixo) é mesmo de morcão...