quarta-feira, dezembro 08, 2004

Partimpim...


Um CD lindo que eu ofereci ao meu sobrinho... ele adorou :)~ (OK, padrinho babado). Não é fácil encontrar músicas que agradem simultaneamente a criaças e adultos... este CD consegue esse milagre, e só por isso já seria exemplar.

Aqui fica, como prometido, com especial dedicação:

Fico Assim Sem Você

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro 'amasso'
Sou eu assim sem você
To louco pra te ver chegar
To louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo Porque? Pooooooorque?

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Adriana Calcanhotto ao Globo, 28/07/2004:

"Adriana Partimpim é um heterônimo meu, não um pseudônimo. O pseudônimo quer esconder algo, o heterônimo é uma outra persona, com outro trabalho" diz Adriana, a Calcanhotto. "Engraçado que estive agora em Portugal e, quando falava que Partimpim era um heterônimo, eles compreendiam perfeitamente. Estão acostumados com heterônimos."

Adriana Partimpim nasceu quando, insatisfeita com o nome dado, a menina Adriana Calcanhotto preferiu ter um nome inventado. O pai dela achou tanta graça que até hoje chama a filha da forma como ela gostaria de ser chamada. Mas a Partimpim assumiu sua persona artística só agora, depois de se deparar, por sugestão do falecido poeta Waly Salomão, com um texto do pintor impressionista Henri Matisse, no qual ele dizia: "O sucesso é uma prisão e o artista jamais deve ser prisioneiro de si mesmo, prisioneiro do estilo, prisioneiro da reputação, prisioneiro do sucesso etc. Não escreveram os irmãos Goncourt que os artistas japoneses do grande período mudavam de nome várias vezes na vida? Amo isso: eles queriam salvaguardar
suas liberdades".

"Eles trocavam de nome cada vez que achassem necessário: um acontecimento artístico, pessoal, um insight , um impacto. O que me interessa no texto do Matisse é a vontade de não acumular nada, reputação, nem boa nem má, de se livrar de tudo e fazer uma outra coisa."
...
http://www.adrianapartimpim.com

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