quinta-feira, agosto 17, 2006

Turismo ornitológico interessa a milhões

No JN de hoje: "Em todo o mundo haverá cerca de 80 milhões de pessoas que têm como entretenimento observar as aves. E, se muitas se limitam ao seu espaço próximo (por vezes mesmo só as cidades em que vivem), há também aquelas que viajam milhares de quilómetros para conhecer mais espécies. O turismo de natureza associado à observação de aves representa em alguns países da América Central uma posição importante no seu Produto Interno Bruto. Em Portugal tomam-se agora iniciativas para divulgar as potencialidades do país para o turismo ornitológico.



A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) vão à feira. Nada menos do que uma feira no Reino Unido, junto a uma reserva natural. Aí afluem, de 18 a 20 deste mês, mais de 18 mil visitantes que têm em comum a paixão pelas aves. As duas organizações vão ali promover um serviço comum. Este consiste numa central de reservas para grupos de turistas que queiram visitar explorações agrícolas, onde as condições ambientais permitam a observação de aves. A participação na British Birdwatching Fair 2006 é também oportunidade para divulgar ali a importância dos montados de sobro como unidade ecológica que favorece a conservação das aves. De acordo com o biólogo Domingos Leitão, um turista que se dirija ao Sul de Portugal pode, em dez dias, avistar até 200 espécies, sendo que algumas destas só existem na Península Ibérica e zona mediterrânica. Um observador de aves inglês (e no Reino Unido há 2,8 milhões de entusiastas) pode ver cá 60 espécies a que não tem acesso no seu país. A começar pela cegonha branca e pela águia imperial. Aquilo que a SPEA e a CAP pretendem não é constituir uma agência, mas mostrar potencialidades e fornecer informação sobre espécies e locais para que quem se interesse organize a sua viagem."

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Reserva Ornitológica de Mindelo foi uma das primeiras reservas ornitológicas da Europa, senão a primeira.
“Entre 1990 e a actualidade, foi confirmada a ocorrência de 81 espécies, das quais 16 não constam da lista de aves registadas entre 1953 e 1984 (127 espécies no total).” Cerca de 70% das espécies está abrangida por convenções internacionais, em especial as aves migradoras. (Universidade do Porto)

"Em síntese, continua a ser negada aos Vilacondenses a qualidade de vida e a gestão sustentável do seu território"

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