terça-feira, janeiro 23, 2007

insurreição da bondade


No Público de hoje, sobre a morte de Abbé Pierre, criador dos Companheiros de Emaús (recolhem móveis, electrodomésticos, roupas e outros objectos em segunda mão, que depois recuperam e vendem em lojas ou em feiras, para angariar fundos para a luta contra a pobreza... têm dois grupos no Porto), a "personalidade mais querida dos franceses":

... Conta o Abbé Pierre em Testamento (ed. Notícias) que o bispo Jacques Gaillot, ele próprio marginalizado pelo Vaticano na sequência de posições polémicas, lhe perguntou um dia: "Explique-me um mistério: eu, assim que abro a boca, levo uma tareia. Você, em contrapartida, diz dez vezes mais e a mensagem passa sem problemas."
O padre respondeu que não era bispo e que "o Bom Deus" lhe dera um "instinto de insolência comedida", que lhe permitia ver até que ponto poderia "clamar".

... numa das suas vindas a Portugal, o próprio contava que, perante um homem desesperado que queria suicidar-se, lhe disse: "Antes de te matares, não queres ajudar-me a acabar algumas destas casas para essas mães que choram?"...

..."Se posso transmitir uma certeza aos que vão conduzir a luta para instilar mais humanidade em tudo, será (decididamente, não posso escrever outra coisa): "Viver é aprender a amar."" Foi esse o seu lema.

1 comentário:

Caucau disse...

Tenho também como verdade que quanto mais se difunde o amor melhor se vive!